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Análise: Empate expõe fantasmas do passado, mas Botafogo está mais forte para enfrentar adversidades

  • Foto do escritor: sandracosta marketingdigital
    sandracosta marketingdigital
  • 19 de out. de 2024
  • 3 min de leitura

Cenário contra Criciúma lembra filme de 2023, mas Botafogo de Artur Jorge dá impressão de não abrir espaço para traumas passados

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O cenário parecia um filme repetido: Botafogo abriu o placar no fim do jogo e tudo se desenrolava para uma vitória épica. Na saída de bola, uma desatenção do sistema defensivo gera o gol de empate do time rival no lance seguinte. Pode parecer o roteiro da partida contra o Coritiba, em 2023, mas é o 1 a 1 diante do Criciúma, nesta sexta-feira, pela 30ª rodada do Brasileirão.


Apesar da sinopse do livro ser bem parecida, o contexto é totalmente diferente: ao contrário do ano passado, o time comandado por Artur Jorge não dá sinais de que está entregue. Muito pelo contrário.

A equipe até correu atrás nos poucos minutos que restavam no jogo após o gol de Felipe Vizeu para tentar a vitória - algo impensável no passado. Rodrigo, goleiro do Criciúma, salvou cabeçada de Tiquinho Soares em defesa milagrosa. No rebote, Barboza chegou a marcar, mas a bola havia batido na mão do zagueiro antes e o gol fora invalidado.

Questionamentos sobre o tenebroso ano passado consequentemente virão à tona - o cenário, como citado antes, é parecido -, mas o Botafogo de 2024 é um time mais coeso dentro e fora de campo. As declarações após a partida são um indicativo disto.

- Essa é uma pergunta estúpida. Você tem que perguntar, está ok, mas não há um fio de pensamento assim no vestiário. Os garotos não pensam nisso (2023) - afirmou Textor.

- Não estava aqui no ano passado, então não posso falar. Não gosto de perder nem de empatar. Quero ganhar sempre. O time do Botafogo é a mesma coisa. Todo mundo ficou muito p... hoje pelo resultado. Todo mundo falha, todo mundo está mal hoje. Vamos treinar agora pensando obviamente na Libertadores - analisou Alexander Barboza.

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Dificuldades se repetem


Em campo, o Botafogo novamente suou para assustar uma equipe que se portou em bloco baixo no gramado. O Criciúma, por vezes, defendeu com seis jogadores na primeira linha de marcação e o Alvinegro não teve resposta para criar ataques perigosos - principalmente no primeiro tempo.

O Alvinegro foi dono da posse, mas nem sempre foi dono das ações efetivas da partida. O time teve dificuldade de criar chances reais e furar o bloqueio aurinegro.

O cenário foi parecido com a partida contra o Grêmio, em Brasília. O time passou muito tempo com toques para o lado que não geraram perigo. Diante da encaixotada marcação, Savarino e Almada pouco criaram e muito da criatividade ficou nos pés de Marlon Freitas, que até deu bons lançamentos na tentativa de bagunçar a defesa.

Outro ponto negativo foi a atuação abaixo dos laterais. Tanto Vitinho e Carlos Alberto, na direita, quanto Alex Telles, na esquerda, não estiveram em noites inspiradas no sentido de cruzamentos e bolas alçadas na direção da área.

Mesmo diante deste cenário, o Botafogo abriu o placar no fim com Tiquinho Soares. A êxtase que parecia reinar no Maracanã durou apenas 51 segundos, tempo que demorou para Felipe Vizeu empatar após desatenção coletiva da defesa.

Diria que era um gol perfeitamente evitável. Tivemos um erro individual, de avaliação, inadmissível para uma equipe que luta pelos três pontos e que precisa deles para seguimento a sua campanha. Vou reservar a minha avaliação e o que eu tenho que falar com meus jogadores - afirmou Artur Jorge.

Com o resultado, o Botafogo chega a 61 pontos e se mantém na liderança mesmo se o Palmeiras vencer o jogo contra o Juventude no domingo. Agora, o Glorioso volta suas atenções para a Libertadores. Na quarta (23), a equipe recebe o Peñarol-URU pelo jogo de ida da semifinal, no Estádio Nilton Santos.

 
 
 

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